domingo, 17 de janeiro de 2010


História
A Idéia

A idéia da fundação de um clube no Bom Retiro era assunto preferido dos funcionários da estrada de ferro São Paulo Railway e moradores, sem exceção do bairro. E isso começou a amadurecer quando Joaquim Ambrósio, Carlos Silva, Rafael Perrone, Antônio Pereira e Anselmo Correia foram juntos, assistir no campo do Velódromo a estrela do time inglês Corinthian (sem o s final) Team, na tarde de 31 de agosto de 1910.

Os ingleses derrotam a Associação Atlética das Palmeiras (nenhuma ligação com o Palestra Itália), por 2 a 0. Voltaram do jogo maravilhados e com o pensamento mais forte na criação de um time de futebol no Bom Retiro.

Fundação

Um grupo de homens de vida humilde - os pintores de casa Joaquim Ambrósio, Antônio Pereira e César Nunes; o sapateiro Rafael Perrone; o motorista Anselmo Correia; o fundidor Alexandre Magnani, o macarroneiro Salvador Lopomo, o trabalhador braçal João da Silva e o alfaiate Antônio Nunes - decidiram fundar o seu próprio clube de futebol.

Assim, às 20h30m do dia 1° de setembro, à luz do lampião de gás, altura do número 34 que iluminava a da Avenida dos Imigrantes (atual José Paulino), no Bom Retiro, treze pessoas sacramentaram a fundação do Sport Corinthians Paulista, eles se reuniram e redigiram o primeiro estatuto do clube. Faltava apenas financiamento para o sonho se realizar. Foi aí que Miguel Bataglia entrou em cena. Bataglia era um requintado alfaiate; aceitou participar e foi oficialmente nomeado o primeiro presidente.

O clube já tomava uma cara, mas faltava o nome. As idéias passaram por Santos Dummont, Carlos Gomes e até Guarani, mas nenhuma delas foi escolhida. Foi então que Joaquim Ambrósio sugeriu homenagear o famoso time inglês que fazia uma excursão pelo país: o Corinthian Football Club. O clube que se tornaria o mais querido do Brasil já tinha nome. A torcida e a imprensa chamavam a equipe de Corinthian’s Team. Assim, a letra "s" foi acrescentada ao nome, e o clube ganhou o elegante nome Corinthians.

Primeira diretoria e sede

A primeira Diretoria ficou constituída da seguinte forma: Miguel Bataglia (presidente); Salvador Lapomo e Alexandre Magnuni (vice-presidentes); Antônio Alves Nunes (secretário); João da Silva (tesoureiro) e Carlos Silva (procurador geral). O local onde se confirmou a fundação do Corinthians, foi a residência do Sr. Miguel Bataglia; mas onde o clube foi sonhado e que deve ser considerado seu berço foi o salão de barbeiro de Salvador Bataglia, irmão de Miguel, e que existia à rua Júlio Conceição, esquina da rua dos Italianos. As reuniões continuavam sendo no salão de barbeiro de Salvador, mas ficou pequeno e a sede foi transferida para a confeitaria de Antônio Desidério, na rua dos Imigrantes, nr. 34, esquina com a rua Cônego Martins.

Os primeiros jogos

A estréia aconteceu dez dias após a fundação, em 10 de setembro de 1910. O adversário era o União da Lapa, uma respeitada equipe da várzea paulistana. Jogando fora de casa e esperando levar uma goleada, o Corinthians já mostrava que não estava para brincadeiras, e jogando com muita raça, acabou perdendo por apenas 1 a 0.
O Timão jogou assim: Valente, Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João da Silva, Jorge Campbell, Luiz Fabi, César Nunes e Joaquim Ambrósio.

Foi apenas um deslize. Quatro dias depois, no Campo da Rua Imigrantes, o Corinthians já mostraria que nasceu para vencer: 2 a 0 sobre o Estrela Polar. A honra do primeiro gol coube ao atacante Luís Fabi, que assim entrou para a história do clube. Nesta partida o Corinthians formou com Valente, Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João da Silva, Jorge Campbell, Luís Fabi, César Nunes e Joaquim Ambrósio. Depois disso, foram dois anos de invencibilidade.

Com os bons resultados e o crescimento da torcida - que desde sempre já se mostrava fiel e fanática - o Timão passou a pleitear uma vaga no Campeonato Paulista (1913). A Liga Paulista resolveu conceder uma chance, mas o Corinthians teria que disputar uma eliminatória. Não deu outra: dois jogos, duas vitórias - 1 a 0 no Minas Gerais, em 23 de março de 1913, e 4 a 0 no São Paulo do Bexiga, sete dias depois - e o passaporte carimbado para disputar o Paulistão deste mesmo ano.

Na primeira partida oficial, o Timão tropeçou no Germânia, perdendo por 3 a 1. Mas Joaquim Rodrigues escreveu seu nome na história do Corinthians como o autor do primeiro gol em partidas oficiais. O Coringão acabou seu primeiro Paulista em 4°. lugar.

Em 1914, começava a hegemonia: no segundo Campeonato Paulista que disputou, o Corinthians não deu chance para os adversários. Uma campanha arrasadora, com dez vitórias em dez jogos, 39 gols marcados e goleadas para todos os lados. Neco (12 gols) ainda se sagrou o artilheiro da competição.

Começava assim a história do Sport Club Corinthians Paulista, um clube que ao longo dos seus (quase) cem anos passou pela várzea, lutou pelo profissionalismo, passou um jejum de 23 anos sem um título de expressão e foi rebaixado a série B do brasileirão. Mas invadiu o maracanã, conquistou o Brasil e dominou o mundo.




Copa do Mundo de Clubes 2000

O Mundial - Um evento Pioneiro

O Campeonato Mundial de Clubes da Fifa disputado no Brasil foi o primeiro acontecimento futebolistico internacional do novo milênio. Esta valente e nova iniciativa para juntar uma comunidade de clubes mais globalizada contou com a incrivel coleção dos melhores talentos do planeta.

Melhor jogador do Mundial

O atacante Edilson, do Corinthians, foi o ganhador da "Bola de Ouro Adidas". Seus dois gols e assistencia que deu , mostraram as enormes e variadas qualidades deste fantástico futebolista.

Trechos da materia do site da FIFA (14/01/2000)

Os corintianos são os primeiros campeões do mundo "com a boca cheia". Até hoje, o que se considerava um título mundial era a vitória da Copa Intercontinental, disputada em Tóquio.
No primeiro Mundial da Fifa, o título corintiano veio de forma dramática. Após empate em 0 a 0 com o Vasco, o Corinthians ganhou nos pênaltis por 4 a 3.
Dida pegou o penalti cobrado por Gilberto e, na última cobrançaa vascaína, que poderia adiar a definição, Edmundo chutou para fora.

Trecho da matéria do site UOL (14/01/2000)

Foto: FIFA.com

Ficha técnica das partidas

PRIMEIRA PARTIDA
05/Janeiro/2000
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo
Árbitro: Stefano Braschi (ITA)
Cartões amarelos: Hrindou, Chadili e Misbah.
Gols: Luizão, aos 5min e Fábio Luciano, aos 20min do segundo tempo CORINTHIANS 2 x 0 RAJA CASABLANCA
CORINTHIANS: Dida, Índio, João Carlos, Fábio Luciano, Kléber, Vampeta (Edu, aos 40min do segundo tempo), Rincón, Marcelinho Carioca (Marcos Senna, aos 19min do segundo tempo), Ricardinho, Edilson, Luizão (Dinei, aos 35min do segundo tempo). Técnico: Oswaldo de Oliveira
RAJA CASABLANCA: Chadili, Misbah, Talal, Jrindou, El Haimeur, Nejjary, Safri, Reda, Aboub, Moustaoudia e Khoubbache (Achami, aos 15min do segundo tempo). Técnico: Fathi Jamal
SEGUNDA PARTIDA
07/Janeiro/2000
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo
Árbitro: William Mattus Vega (COS)
Cartões amarelos: Fábio Luciano, Kléber, Michel Salgado, Guti, Karembeu e Roberto Carlos
Gols: Anelka, aos 19min, Edilson, aos 28min do primeiro tempo; Edilson aos 18min e Anelka aos 25min do segundo tempo. CORINTHIANS 2 x 2 REAL MADRID
CORINTHIANS: Dida; Índio, João Carlos, Fábio Luciano e Kléber; Vampeta (Edu, 29min do segundo tempo), Freddy Rincón, Ricardinho (Marcos Senna, aos 40min do segundo tempo) e Marcelinho Carioca, Luizão e Edilson. Técnico: Oswaldo de Oliveira.
REAL MADRID: Iker Casillas; Michel Salgado, Fernando Hierro, José Guti (Fernando Morientes, aos 24min do segundo tempo) e Roberto Carlos; Fernando Redondo, Christian Karembeu e Geremi (Steve McManaman, aos 24min do segundo tempo); Anelka, Raúl e Sávio. Técnico: Vicente del Bosque
TERCEIRA PARTIDA
10/Janeiro/2000
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo
Árbitro: Dick Jol (HOL)
Cartões amarelos: Marcelinho, Adílson, Luizão, Harthi e Al Shokia
Cartão vermelho: Daniel
Gol: Ricardinho, aos 25min do primeiro tempo, Freddy Rincón, aos 37min do segundo tempo CORINTHIANS 2 x 0 AL NASSR
CORINTHIANS: Dida; Daniel, João Carlos (Adílson, aos 10min do primeiro tempo), Fabio Luciano e Kléber; Vampeta (Dinei, aos 20min do segundo tempo), Freddy Rincón, Ricardinho (Edu, aos 28min do primeiro tempo) e Marcelinho Carioca; Edilson e Luizão Técnico: Oswaldo de Oliveira.
ALL NASSR: Mohammed Babkr; Mohsin Al Harthi, Hadi Sharify, Ibrahim Al Shokia e Abdallah Al Karni; Mansour Al Mousa, Mousa Saib (Fahad Mehalel, aos 29min do segundo tempo), Fahad Al Husseini (Abdulaziz Al Janoubi, aos 41min do primeiro tempo) e Ahmed Bahji; Fuad Al Amin e Muhaisen Al Dosari (Ismael Triki, aos 43min do segundo tempo). Técnico: Oscar-Luis Fullone
FINAL
14/Janeiro/2000
Local: estádio do Maracanã no Rio de Janeiro
Árbitro: Dick Jol (HOL)
Cartões amarelos: Freddy Rincón, Adílson, Índio, Luizão, Felipe, Amaral, Paulo Miranda e Edmundo
Penalidades:
Corinthians: Freddy Rincón, Fernando Baiano, Luizão e Edu; Marcelinho Carioca desperdiçou.
Vasco: Romário, Alex Oliveira e Viola; Gilberto e Edmundo desperdiçaram. CORINTHIANS 0 (4) x (3) 0 VASCO DA GAMA
CORINTHIANS: Dida; Indio, Adilson, Fabio Luciano e Kleber; Vampeta (Gilmar, antes do inicio da prorrogação), Freddy Rincón, Ricardinho (Edu, no intervalo) e Marcelinho Carioca; Edilson (Fernando Baiano, aos 8min do 2° tempo da prorrogação) e Luizão Técnico: Oswaldo de Oliveira
VASCO DA GAMA: Helton; Paulo Miranda, Odvan, Mauro Galvão e Gilberto; Amaral, Felipe (Alex Oliveira, aos 12min do 1° tempo da prorrogação), Ramon (Donizete, aos 7min do 2º tempo da prorrogação) e Juninho (Viola, aos 6min da prorrogação); Romário e Edmundo Técnico: Antônio Lopes

Nenhum comentário: